A etapa Ponte de Lima – Rubiães divide opiniões aos peregrinos, graças à imensa subida na Serra da Labruja. Contudo, para compensar, são apenas 19 quilómetros, até ao nosso destino do dia.
Começamos colados ao parque temático do Arnado, até chegarmos a um percurso que parece intocado por humanos, há séculos.
Daí, vamos devagarinho, encontrando rostos que nos parecem familiares e simpatia digna de pessoas conhecidas.
No começo da subida, há um espaço de banhos reservado aos corajosos e uma pequena capela que merece a visita. É o local indicado para descansar antes do grande esforço que aí vem.
A Serra da Labruja é o ponto alto do nosso percurso até aqui. Abastada de beleza inspiradora, é palco de uma das batalhas das guerras napoleónicas na qual os Portugueses emboscaram as tropas imperiais. A cada passo desta íngreme subida somos agraciados com uma tranquilidade que apenas o mais profundo bosque nos pode oferecer.
A chegada a Rubiães traz-nos o alcatrão novamente. Os caminheiros devem ter em atenção o seguinte: raramente, o caminho nos leva para locais perigosos. Por isso, se se viram a avançar pela estrada sem passeio, estão a ir no local errado.
A saída de Ponte de Lima faz-se por entre a cidade e o bosque. Rapidamente o trajeto torna-se rural, nos caminhos de pedra depois do parque do município e deixamos o Rio Lima para trás. Logo na entrada mais rural do percurso, o primeiro café à esquerda é gerido pela Nicoletta. Uma senhora italiana que fez do caminho casa e trata os seus clientes como se fossem filhos. Pede o pequeno-almoço e podes ter a sorte de provar o mel caseiro do estabelecimento.
A primeira paragem do percurso para refrescar. Nesta zona há uma praia fluvial pronta para receber todo e qualquer peregrino com vontade de dar um mergulho. Um pouco antes da subida para a Serra da Labruja, é melhor refrescares-te agora antes que seja tarde.
Última paragem antes da grande subida pela Serra. Esta capela, no miolo da povoação, tem ao lado um café que é também uma mercearia para abastecer antes da subida da Serra da Labruja. Com uma esplanada folgada, todos são bem vindos a pedir um cimbalino.
Já perto do Topo da Serra da Labruja está um monumento do tempo das invasões napoleónicas. Este foi o local no qual a população local emboscou os militares franceses. Hoje é visto mais como a conquista da Serra. O topo está a uns metros de distância. Aproveita para observares o que já caminhaste. Se andares alguns metros pela esquerda vais encontrar um tanque com água potável disponível a qualquer peregrino. Se preferires, à saída da Serra encontras “A roulote”. Um espaço bem equipado com uma excelente vista da inclinação conquistada.
Rubiães é uma pequena aldeia em Paredes de Coura com pouco mais de 500 habitantes à saída da Serra. Está bem equipada para receber qualquer peregrino a fazer o caminho de Santiago. Para passar a noite, pondera ficar no albergue, “O Ninho”. A Marlene faz os peregrinos sentirem-se como se estivessem em casa, estando sempre atenta ao seu conforto. Terás também o prazer de conhecer a Carlota.
Dá para ver quase tudo o que o peregrino andou até lá chegar. A subida à serra divide as opiniões dos caminheiros. Há quem considere simples, outros nem por isso.
Uma dica que poucos reparam. Basta chegar ao topo e, quando puderes, procura uma placa a dizer “água”. Vais encontrar um tanque com água sempre a correr. É potável e apropriada a todos os caminheiros.
Sim. Há albergues entre Rubiães e Valença para os mais corajosos.
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