“A Caminho” com a Vânia


Hoje partilhamos a entrevista da Vânia, que ano após ano, vê peregrinos a passarem pelo local onde trabalha e carimba as suas credenciais. Inspirada pelas suas histórias, decidiu que 2023 seria o ano para fazer o Caminho Português de Santiago. O início foi desafiante, com a adaptação física e uma etapa especialmente dura sobre um sol intenso, mas a persistência superou cada obstáculo. Esta experiência, apesar das dificuldades, revelou-se enriquecedora e transformadora.


1. Porque decidiste fazer o Caminho? Entre decidir e ir, quanto tempo passou?
Trabalho num local onde vejo frequentemente peregrinos a passar, tenho mesmo um carimbo para lhes carimbar a credencial de peregrino. E ano após ano foi crescendo a vontade de fazer o mesmo que todos eles. E por nenhum motivo especifico decidi, no inicio do ano, que seria em 2023. Inicialmente estava previsto para Maio, mas a minha companheira de viagem não pode ir, adiamos para outubro. E assim foi…

2. Qual foi o Caminho que escolheste fazer?
Caminho português central.


3. Quantos dias demoraste? 
7 dias.

4. Que etapas fizeste?
1 Capela de S. Tiago (Vila de PRado) – Ponte de Lima
2 Ponte de Lima – Cerdal
3 Cerdal – Porrino
4 Porrino – Arcade
5 Arcade – Caldas del Rei
6 Caldas del Rei – Areal
7 Areal – Santiago


5. Como te preparaste fisicamente para o caminho? 
Não preparei. Normalmente caminho bastante, achei que estava preparada.

6. Sozinho ou acompanhado? Se foste acompanhado, com quem? 
Fui com uma amiga. Sempre disse que a fazê-lo seria com o mínimo de pessoas possível.

7. Qual foi o momento mais difícil? 
Os primeiros dias, quando o corpo se está a habituar e todos os dias dói uma parte diferente do corpo. E houve ali uma etapa mais longa que todas as outras, toda ela debaixo de um sol abrasador e acima de 30 graus… Foi duro.

8. O que te deixou mais surpreendido no trajeto? 
Talvez as pessoas que nos vão cumprimentando e desejando bom caminho. Sabe sempre bem e não imaginava que soubesse tão bem.

9. Qual foi a melhor refeição do caminho?
Na descida da serra da labruja, paramos no primeiro tasco que apareceu. Comemos um frango assado que soube pela vida. Se calhar noutras circunstâncias era só mais um frango assado, depois de subir e descer a labruja, foi um verdadeiro repasto.


10. Quem é que conheceste no caminho que nunca vais esquecer? 
Um casal de italianos que estavam em lua de mel. Não sei os seus nomes, sei que partilhamos vários albergues e o que o inicio me pareceu estranho (lua de mel?), depois passou a fazer todo o sentido.

11.O que não pode faltar na mala de um peregrino?
Apenas o essencial, roupa leve, vaselina.

12. Se só pudesses dar uma dica às pessoas que estão a pensar fazer o caminho, qual seria?
Para o fazerem apenas se para eles fizer sentido e não por modas. E que é essencial ser-se prático e libertar-se de tudo o que é supérfluo.


13. Qual foi a tua reação quando chegaste a Santiago? 
De alegria. Fisicamente estava ótima. Senti mesmo uma enorme felicidade por ter lá chegado e por ter conseguido fazer 200km de mochila às costas a seguir umas setas.

14. Tens alguma música que marque o teu caminho para acrescentarmos à nossa playlist? 
Não, se há coisa que apreciei ao longo do caminho foi o silêncio.


"A Caminho" com o Grupo de Jovens da Camacha

Nem sempre sabemos quando começa o verdadeiro caminho. Às vezes é numa conversa entre amigos, noutras num desejo que cresce devagar. Para o Grupo de Jovens da Camacha, foi uma vontade partilhada feita de fé, amizade e vontade de ir mais longe. Este caminho ganhou forma entre passos dados em grupo, dores partilhadas e silêncios que dizem tudo. Foi preciso coragem para partir, resiliência para continuar, e coração aberto para encontrar sentido em cada gesto, cada abraço, cada desafio. Não foi só uma peregrinação foi uma travessia interior, onde cada etapa trouxe descobertas e cada chegada foi também um recomeço. Lê o artigo completo e deixa-te levar. Talvez o teu caminho também comece aqui.

"A Caminho" com a Carlotta

Alguns caminhos começam com uma mala, outros começam com uma rendição. Para Carlotta, o Caminho não era apenas um percurso por Espanha e Portugal era uma tábua de salvação, um espelho e uma rebelião silenciosa contra tudo o que já não se encaixava. Caminhou através do medo, do silêncio e da luz das estrelas, confiando que cada passo revelaria algo essencial. Nesta entrevista, partilha como o Caminho se tornou a sua bússola, guiando-a pela transformação, pela solidão e pela redescoberta da humanidade. A sua história é um lembrete de que, às vezes, a estrada nos conhece melhor do que nós mesmos.

"A Caminho" com a Cátia

Há caminhos que não se percorrem apenas com os pés, percorrem-se com o coração aberto e a alma disposta a transformar-se. Para a Cátia, o Caminho foi mais do que uma viagem: foi um reencontro com o silêncio, com a natureza e com tudo o que precisava de curar. Cada etapa foi um mergulho profundo, e cada passo, uma libertação. Nesta partilha sincera e emocionante, descobrimos como o Caminho pode ser um espelho daquilo que somos… e daquilo que estamos prontos a deixar para trás. Vem sentir cada palavra.

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