Como poupar dinheiro no Caminho Português de Santiago em 2023

O Caminho Português de Santiago é uma experiência que pessoas de todo o planeta sonham fazer em 2023. No entanto, os custos da travessia podem ser um impedimento a esta aventura. Principalmente, para quem vem de fora do país. Por isso, escrevemos este artigo para te dar algumas dicas para poupares dinheiro, durante a travessia, mas de uma forma que não te traga restrições ao teu conforto. Lê até ao fim, para aprenderes a fazer o Caminho de Santiago, em 2023 sem pensares no que vais gastar. 

Para perceberes como poupar no Caminho Português de Santiago, em 2023, tens de saber a quanto fica, mais ou menos, a travessia. Pois é, apesar de o trilho ser uma experiência incrível, é sempre preciso gastar algum dinheiro, nem que seja para comer.

Além disso, é importante reconhecer que todas as pessoas têm um estilo de peregrinação diferente. Apesar de a maioria tentar fazer uma caminhada próxima dos restantes participantes, com estadias em albergues, e aproveitar todos os deliciosos descontos dos menus peregrinos, ninguém é igual. Desta forma, este próximo excerto adapta-se, apenas, às pessoas que fazem o caminho à peregrino. 

Dito isto, há uma média retirada do livro do nosso peregrino escritor, Agostinho Leal, que nos diz o seguinte:

“(…) existe uma máxima que funciona para a maioria dos peregrinos: um euro por quilómetro! É verdade, cinco a dez euros para o albergue, dez euros para o menu peregrino e mais dez euros para as restantes refeições. (…) é fazer as contas” 

Temos, então, uma média de cerca de 1 euro por mil metros. Ou seja, se saíres do Porto, gastas entre 250 euros a 300. Se não te perderes, claro.

Seta a indicar o Caminho da Costa.

Apesar de tão diferentes, os caminhos têm quilómetros semelhantes.

Mas isto é apenas o preço no percurso. Antes, também, pode haver despesas.

Estamos a falar, claro, do equipamento e das viagens para o teu local de começo. Este primeiro depende do que já tens. Se precisares de comprar tudo novo, tenta adquirir apenas o essencial. Isto é:

Mochila  

A mochila propriamente dita não deve pesar mais do que 1 quilo. E, segundo, deve ter espaço para, pelo menos, 35 litros. 40, no máximo. Cabe tudo o que é necessário. Arranja uma mochila que tenha uma estrutura rígida e tiras de adaptação à cintura, para distribuir o peso pelos ombros e cintura.

Saco de cama

Pode ser indispensável. Apesar de alguns albergues oferecerem lençóis, nem todos o fazem. Mais, as noites podem ser frias, mesmo no verão. Assim, o indicado é levares um saco-cama um pouco mais pesado no Inverno e outro mais leve nos meses a partir de maio. Há que jogar com esta informação e com o peso que podemos/devemos trazer na mochila.

Roupa

Não é preciso mais do que duas mudas de roupa (três no máximo). Há máquinas de lavar em quase todos os albergues – consoante um custo – e podes sempre lavar à mão e deixar a secar para o dia seguinte. Levar sabão azul e branco é uma boa ideia. A ideia é ter sempre uma troca para o dia seguinte, até chegar a Santiago de Compostela.

Caia chuva ou faça sol, é sempre bom levar uma capa impermeável, para a viagem. O tempo é traiçoeiro e é melhor prevenir. O chapéu é importante, para não apanhar insolações e proteger do sol. Para se evitar o pé de atleta, o melhor é levar chinelos para o banho. E, depois de um dia inteiro a caminhar, são como pequenas nuvens nos pés.

Higiene e primeiros socorros

Escova e pasta de dentes, daqueles geles de banho 3 em 1 para, poupar espaço, e protetor solar. Tenta colocar tudo num pequeno estojo, para não ocupar muito espaço. Noutra bolsinha, deixa os primeiros socorros básicos. Para as bolhas dos pés, não há nada melhor que compeed. É como se fosse uma segunda pele e protege das dores. Em caso de emergência, 112.

Comida e Bebida

Não leves em demasia. Quando temos mais olhos do que força, a fruta pesa mais do que seria de esperar. Algo para comer a meio da caminhada e muita água. Há lojas, durante o caminho, onde podes reabastecer as tuas forças. Não há necessidade de ir carregado.

Documentos

Estes são alguns dos documentos importantes para fazer o Caminho de Santiago, sem preocupações burocráticas.

Cartão de Cidadão/Passaporte

Como em todas as viagens que fazemos, é importante estarmos identificados, para o caso de acontecer algo. Alguns albergues pedem mesmo a identificação, para não deixarem qualquer um pernoitar nos seus aposentos.

Credencial de peregrino

O certificado que nos dá acesso às regalias do Caminho de Santiago. Por exemplo, acesso a albergues públicos, menus peregrinos, para, no fim, receberes um documento oficial com os quilómetros percorridos. Para teres o diploma, só precisas de 2 carimbos por dia. Não te preocupes, igrejas, cafés, albergues, todos têm um carimbo para ti. A credencial pode ser adquirida em locais como a Sé do Porto ou nos muitos dos albergues públicos das cidades.

E o valor das viagens? 

Depende de onde vieres, claro.  Se a tua ideia é sair do Porto, então, tens uma excelente redes de transportes para a cidade invicta, de qualquer zona do país. Mas o importante a realçar, aqui, é a seguinte: quanto mais cedo comprares os bilhetes, mais baratos eles vão ser. 

Como poupar dinheiro no Caminho Português de Santiago em 2023?

Como já viste, antes, quem se antecipa consegue melhores preços, no Caminho de Santiago. Ou seja, se, para ti, é importante poupar, durante a travessia, planear tem de ser a tua palavra favorita. 

1. Faz o Caminho Português de Santiago na época “baixa”. 

A maioria das pessoas que faz o trecho milenar faz-se à estrada em agosto ou nos restantes meses de verão. Ora, isso não é um problema por si só, mas obriga-te a pensar na lei da oferta e da procura. Se há mais gente a tentar usufruir de um serviço, então, o seu valor aumenta. 

Deste modo, pensa em calcorrear a aventura na primavera ou já bem entrado em setembro. Aqui, a rotina dos meses quentes já terminou, para a maioria das pessoas, deixando-te a estrada desimpedida e a carteira cheia. 

Assim, podes escolher com mais calma os locais em que queres ficar, sem o medo de não ter espaço nos albergues e, até, maior liberdade na decisão de continuar a avançar pelo dia adentro ou ter de ficar num espaço já reservado.

O que nos leva ao seguinte ponto de como poupar no Caminho Português de Santiago:

2. Se fores nos meses de verão, planeia a tua viagem ao pormenor. 

O problema da época “alta”, como já percebeste, é o de que a maioria dos albergues públicos fica cheio rapidamente. Se assim for e não quiseres estar a preocupar-te com isso, reserva, antes de começares a tua aventura. 

Isto vai-te a obrigar a pensar quais as etapas e o caminho que queres mesmo fazer. Portanto, todos os dias têm de estar bem definidos. Se precisares de ajuda nesse ponto, podes estudar os percursos no nosso website. Aqui, vais encontrar o que precisas para te organizares. Para além do mais, tens informações sobre albergues, hosteis, restaurantes e muitos mais. 

Agora é escolher para onde ir.

3. Experimenta ir pela estrada menos caminhada. 

Ainda sobre os trilhos a escolher. Caminhos Portugueses de Santiago há muitos. Desde o Central, o da Costa e até o do Interior, entre outros, todos têm a sua beleza e particularidades. Por isso, qualquer que seja a tua opção, ela é a correta. 

No entanto, é importante reforçar que os menos caminhados podem ser mais em conta. Afinal, se menos pessoas palmilham este chão, vai haver menos competição pelos albergues públicos. 

Percebe qual é o melhor para ti e faz a tua escolha! 

4. Come como se estivesses (sempre) em casa. 

A maioria dos locais em que vais ficar a pernoitar têm um espaço de cozinha, para preparares a tua refeição. Aliás, é nestes locais que os peregrinos se juntam a conversar sobre a sua aventura e a descansar as suas fadigas com boa comida e ainda melhores amizades. 

Assim sendo, quando tiveres oportunidade, podes comprar tudo nos mercados adjacentes à localidade em que estás. Assim, a confeção fica mais em conta, permitindo-te poupares algum dinheiro nesta travessia

Se te apetecer muito um almoço ou um jantar mais composto, tenta aproveitar os menus peregrinos. Estes são oportunidades excelentes para te alimentares como um antigo senhor feudal, por pouco dinheiro.

Estes cardápios para quem caminha, geralmente, têm refeição principal, bebida e, ainda, sobremesa. Tens é de provar que és um peregrino à séria. Ou seja, é obrigatório teres à mão a tua credencial. Vai mais um carimbo! 

5. Por fim, as melhores recordações são as que levas contigo. 

Ao longo do percurso, é normal que sintas a vontade de levar algo para as tuas pessoas favoritas. No entanto, uma recordação aqui, outra recordação ali e lá se vai o teu orçamento para o Caminho de Santiago. 

As fotografias, enviadas no momento certo, são excelentes formas de partilhar estes momentos. Além disso, as lembranças que mais vais estimar são aquelas que contas de viva alma, quando te perguntarem: “Então, como foi o Caminho de Santiago.”

Dito isto, não há mal nenhum em comprar recordações. É apenas uma forma de poupar, se tal for necessário.

E tu, diz-nos: tens alguma dica para poupar no Caminho Português de Santiago?

Agora que te demos algumas ideias como manter a saúde da tua carteira, neste percurso, queremos ouvir a tua opinião. 

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