“A Caminho” com a Sara


Hoje temos o prazer de partilhar a inspiradora experiência da Sara, uma peregrina determinada que percorreu o Caminho Central Português desde Barcelos até Santiago de Compostela. O trajeto foi repleto de desafios e momentos inesquecíveis. Para a Sara, foi uma verdadeira jornada de superação e descoberta pessoal, marcada por paisagens deslumbrantes, encontros memoráveis e a força do espírito peregrino.

  1. Qual foi o Camino que escolheste fazer?
    Escolhi o Caminho Central Português.
  1. Quantos dias demoraste? 
    Demorámos 8 dias.
  1. Que etapas fizeste?
    Barcelos-Ponte de Lima / Ponte de Lima-Rubiães / Rubiães-Tui / Tui-Redondela/ Redondela-Pontevedra / Pontevedra-Caldas de Reis / Caldas de Reis-Padrón / Padrón-Santiago de Compostela
  1.  Como te preparaste fisicamente para o caminho? 
    Infelizmente não me preparei como gostaria, por motivos de saúde (costelas). Mas fazia PT, treinando os membros inferiores e a lombar. Durante a semana fazia umas caminhadas com o calçado e palmilhas próprias para caminhar. Fazia massagens de relaxamento e recuperação de alguma lesão para ter a certeza iria com os músculos a 100%. Tudo junto ajudou a preparar o corpo para esta aventura.
  1. O que te deixou mais surpreendido no trajeto? 

    As paisagens são lindas, o caminhar no meio da natureza, o apreciar e usufruir do silêncio, fazia com que estivéssemos focados em nós próprios. São coisas que só se vivem no caminho. Outra coisa que me surpreendeu era a quantidade de peregrinos de todo o mundo (por exemplo: do Japão) e a quantidade de espanhóis que começavam o caminho em Portugal.
  1. Qual foi o momento mais difícil? 
    O momento mais difícil foi na 4 etapa Tui – Redondela. Não foi a mais longa mas já tínhamos alguns Kms no corpo até porque a Serra de Labruja também foi exigente. Nesta etapa apanhamos algumas alterações de tempo onde começamos com chuva, depois apanhamos calor. Também tinhamos bastantes inclinações acentuada.
  1. Quem é que conheceste no caminho que nunca vais esquecer? 
    Conheci um senhor que caminhava com um jovem, ambos italianos, o Enzo e o Andrea. Eram super simpáticos e em todas as etapas cruzava-me com eles. Conheci a Sara (Italiana) e o Philipp (Alemão), ambos tinham começado o caminho em Lisboa. E conheci várias peregrinas portuguesas que nos acompanharam ao longo das etapas.
  1.  O que não pode faltar na mala de um peregrino? 
    O principal é creme anti-bolhas (vaselina ou creme de fricção), meias de caminhada, cantil, barritas (alguma comida), bastões, medicação, chapéu panamá, protetor solar, poncho, credencial do peregrino e a Vieira. O restante será a roupa confortável, toalha de banho (pequena), molas para colocar a roupa a secar na mochila (se for necessário), frontal (pode dar jeito mesmo dentro do albergues) e a cima de tudo levar só o que será necessário. A Mochila só pode ter 10% do peso do meu corpo.
  1.  Se só pudesses dar uma dica às pessoas que estão a pensar fazer o caminho, qual seria? 
    Vai!!! Mesmo com medo vai. Vive-o, observa-o e absorve-o. Cada caminho é único e vivido de formas diferentes, mas no fim o desenvolvimento pessoal, a superação e o convívio entre peregrinos marcam a viagem. Podemos ter chegado ao fim… mas o caminho fica em nós.
  1. Qual foi a tua reação quando chegaste a Santiago?
    A sensação foi de dever cumprido, superação e já de saudade por o caminho ter terminado. Começamos juntas e juntas terminamos. “O Vamos Equipa….” permaneceu ao longo do caminho deixando já uma nostalgia.
  2. Qual foi a melhor refeição do Caminho?
    A melhor refeição foi junto às cascatas de Pontevedra, abençoado desvio, uma picanha que me soube maravilhas. As cascatas do Rio Barosa ficam mais ou menos a 15Km de Caldas de Reis, tem que se fazer um pequeno desvio da rota. Mas o local é muito bonito e tem onde comer.


"A Caminho" com a Sónia

Há caminhos que se percorrem com os pés, e outros que se fazem com o coração. Para Sónia, o Caminho de Santiago foi ambos uma jornada física e espiritual, iniciada com a urgência de se reencontrar consigo mesma. Sozinha, mas profundamente acompanhada pelas suas emoções, enfrentou silêncios, sombras e paisagens que a ensinaram que a felicidade pode ser simples, e que o amor é sempre a resposta. Nesta entrevista, partilha como cinco dias de peregrinação se tornaram num regresso à sua essência.

"A Caminho" com a Bruna

Nem sempre a motivação para partir vem de um único lugar. Para Bruna, o Caminho foi um gesto de gratidão, um desafio pessoal e uma oportunidade de reencontro consigo mesma. Sozinha, mas aberta ao mundo, percorreu trilhos entre natureza e silêncio, descobrindo que cada passo tem o poder de curar, transformar e revelar. Nesta entrevista, Bruna partilha como o Caminho a ensinou a confiar, a observar com calma e a seguir em frente, um passo de cada vez. Porque, como diz, quando se quer muito, o corpo acompanha e a mente floresce. Lê a entrevista completa ⬇️

"A Caminho" com o Filipe

Há quem descubra o Caminho por livros, outros por histórias ou documentários. O Filipe descobriu-o ao vivo, nas férias em Moledo, ao ver peregrinos passarem com o olhar focado e a mochila às costas. A curiosidade transformou-se em vontade, e a vontade num primeiro passo. O que começou como uma caminhada junto ao mar tornou-se num ritual de liberdade, comunhão e descoberta pessoal. Entre quedas inesperadas, encontros marcantes e almoços triunfais, Filipe aprendeu que o Caminho não se faz só com os pés, faz-se com o coração aberto. E é isso que partilha nesta entrevista.

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