“A Caminho” com a Bruna

Nem sempre a motivação para partir vem de um único lugar. Para Bruna, o Caminho foi um gesto de gratidão, um desafio pessoal e uma oportunidade de reencontro consigo mesma. Sozinha, mas aberta ao mundo, percorreu trilhos entre natureza e silêncio, descobrindo que cada passo tem o poder de curar, transformar e revelar.

Nesta entrevista, partilha como o Caminho a ensinou a confiar, a observar com calma e a seguir em frente, um passo de cada vez. Porque, como diz, quando se quer muito, o corpo acompanha e a mente floresce.

Lê a entrevista completa ⬇️


1. O que te motivou a fazer o Caminho?
Minha motivação não foi única, eu queria agradecer muitos pedidos alcançados e, também ser uma superação para eu mesma. Saber que seria capaz de caminhar , desbravar e conhecer lugares novos, saber que poderia refletir sobre todos esses motivos juntos.

2. Quanto tempo passou entre decidires e começares o Caminho?
12 meses.

3. Que caminho escolheste e porquê?
Caminho Português com um pedaço do Caminho de Torres. Essa escolha foi porque parti de Guimarães e, de lá , encontrei o Caminho Português em Ponte de Lima. Ouvi sempre que esse caminho era cercado de natureza e muita água, isso é uma motivação a mais pois realmente passei por ele encantada.

4. Quantos dias demoraste?
9 dias no total.
Decidi fazer as etapas sugeridas e seguir de forma tranquila.

5. Que etapas fizeste e quais foram as mais marcantes?
As etapas que fiz foram:
Guimarães Merelim (Braga)
Ponte de Lima
Rubiaes
Tui
O Porrino
Redondela
Pontevedra
Caldas de Reis
Padron
Santiago de Compostela

As mais marcantes foi de Guimarães a Braga , por ser a primeira etapa do caminho da minha vida . Foi lindo refletir e entender aos poucos como o caminho funciona e como ele nos ajuda a seguir mesmo sendo um desafio para o corpo e para a mente. Me senti acolhida.

A última etapa também foi emocionante pois estava emocionada de ter entendido e feliz por concluir uma jornada que foi muito pensativa e me fez feliz e satisfeita.

6. Como te preparaste física e mentalmente para o Caminho?
Eu já tinha o costume de caminhar mas posso falar ? Não tive preparação, na minha visão , quando vc quer muito viver essa experiência, parece que seu corpo suporta e sua mente se enche de muita alegria para cada dia reiniciar uma nova etapa ainda mais disposta.

7. Fizeste o Caminho sozinho ou acompanhado? Se acompanhado, com quem?
Fiz sozinha.

8. Qual foi o momento mais desafiante?
Acho que o momento mais desafiador foi o início , o começar , pois bateu uma certa insegurança de saber como seria essa aventura, quais os desafios que eu ia encontrar e se eu ia achar com facilidade o caminho por onde seguir.

9. Houve algo que te surpreendeu durante o caminho?
Acho que tudo , porque amo a natureza.


10. Qual foi a melhor refeição que tiveste no caminho?
A refeição em Rubiaes, onde comemos numa mesa grande vários peregrinos, brasileiros , alemães, poloneses, várias pessoas diferentes e felizes ao pôr do sol.

11. Onde encontraste a melhor estadia ao longo do percurso?
Em Caldas de Reis por conta do albergue ser novo e ter café da manhã, porém, o albergue de Rubiaes era o mais encantador pelo lugar e acolhimento.

12. Conheceste alguém que te marcou?
Algumas pessoas, mas uma brasileira chamada Luísa foi a pessoa que mais fez via e que mais conseguimos trocar experiências.

13. O que não pode faltar na mochila de um peregrino?
Não pode faltar compeed 🙂

14. Como te sentiste ao chegar a Santiago?
Foi um misto de sentimento de alegria em chegar mas uma tristeza em saber que não ia mais caminhar. Foi lindo ver todos felizes e comemorando. Fiquei encantada vendo os cavalos a chegar com os peregrinos.

15. Tens alguma música que marque o teu caminho para acrescentarmos à nossa playlist?
Sim. Queen – Don’t Stop Me Now

16. Se só pudesses dar uma dica às pessoas que estão a pensar fazer o caminho, qual seria?
Minha dica que eu falo é : o caminho de santiago se você quer muito fazer e tem a mente feliz e o objetiva a fazer, você consegue fazer. Independente se voce é novo , idoso, magro ou acima do peso, todos conseguem quando se quer muito. Conseguimos passar por cima dos obstáculos. Um passinho de cada vez , com calma , observando tudo , ao final , chegamos lá .

17. Houve alguma aprendizagem ou mudança pessoal que tenha resultado da experiência?
Sim. Eu tive uma experiência pessoal muito importante pra mim. Eu tinha uma situação com um amigo que não tínhamos chegado numa solução de uma situação que aconteceu entre nós. Depois eu consegui perceber que eu não tinha responsabilidade por essa tal situação, consegui ligar para ele e esclarecer o que se fato havia de passado , pedi desculpas da mesma forma mas disse que isso hoje não me incomodava mais. Segui minha vida e entendi que aquela amizade não era uma amizade pra vida e verdadeira.

18. Após completares o Caminho, sentes que a experiência correspondeu às tuas expectativas iniciais? De que maneira?
Na verdade superou todas elas. Agradeci, sorri, chorei e vivi intensamente na minha caminhada sozinha mas acompanhada de amigos que conheci. Eu senti que não há diferenças e que todos tem um objetivo, mas todos passam pelas mesmas dificuldades e gratidões. Eu me senti capaz, invencível por superar as expectativas pessoais. Me senti orgulhosa disso .

19. Participaste em alguma celebração ou evento cultural ao longo do Caminho? Como foi essa experiência?
Fizemos uma dança na floresta, acho que próximo da chegada de Redondela, foi singular e único, ver todos se divertindo e dançando, pessoas que não se conhecem felizes.

20. Se tivesses que descrever o Caminho em três palavras, quais seriam?
Superação, Satisfação e Auto Conhecimento.

21. Tens planos de fazer o Caminho novamente ou explorar outras rotas?
Sim, meu desejo é fazer o Primitivo, ainda irei fazer.


"A Caminho" com a Bruna

Nem sempre a motivação para partir vem de um único lugar. Para Bruna, o Caminho foi um gesto de gratidão, um desafio pessoal e uma oportunidade de reencontro consigo mesma. Sozinha, mas aberta ao mundo, percorreu trilhos entre natureza e silêncio, descobrindo que cada passo tem o poder de curar, transformar e revelar. Nesta entrevista, Bruna partilha como o Caminho a ensinou a confiar, a observar com calma e a seguir em frente, um passo de cada vez. Porque, como diz, quando se quer muito, o corpo acompanha e a mente floresce. Lê a entrevista completa ⬇️

"A Caminho" com o Filipe

Há quem descubra o Caminho por livros, outros por histórias ou documentários. O Filipe descobriu-o ao vivo, nas férias em Moledo, ao ver peregrinos passarem com o olhar focado e a mochila às costas. A curiosidade transformou-se em vontade, e a vontade num primeiro passo. O que começou como uma caminhada junto ao mar tornou-se num ritual de liberdade, comunhão e descoberta pessoal. Entre quedas inesperadas, encontros marcantes e almoços triunfais, Filipe aprendeu que o Caminho não se faz só com os pés, faz-se com o coração aberto. E é isso que partilha nesta entrevista.

"A Caminho" com o Carlos

Às vezes, basta uma conversa de café para mudar o rumo dos nossos passos. Foi assim que o Carlos, sem grandes planos nem expectativas, decidiu embarcar no Caminho de Santiago. O que começou como um desafio físico entre amigos, rapidamente se transformou numa experiência de superação, descoberta e reconexão. Entre bolhas, chuva e jantares memoráveis, o Caminho revelou-se um espelho, e Carlos aprendeu que, por vezes, o mais marcante não são os encontros com os outros, mas o reencontro connosco. Lê a entrevista completa e deixa-te inspirar por esta jornada feita de simplicidade, resiliência e transformação. 👣✨

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