“A Caminho” com a Andreia Silva


Para Andreia Silva, o Caminho de Santiago foi mais do que uma chegada — foi uma vivência plena em cada etapa. Ao longo de cinco dias, desde Valença até Santiago, descobriu que a verdadeira magia está no silêncio, na simplicidade e na superação que cada quilómetro oferece.

Em Caldas de Reis encontrou o momento mais marcante: um misto de exaustão, encanto e conquista que ficou gravado na memória. Foi aí que percebeu que é possível viver com menos, mas sentir muito mais.

Nesta entrevista, Andreia partilha connosco uma experiência transformadora — feita de passos firmes, espírito leve e a certeza de que o essencial se encontra no caminho, não no destino.

1. O que te motivou a fazer o Caminho?
Acima de tudo, sentir o que é fazer parte desta aventura. Tinha feito antes a peregrinação a Fátima e os Caminhos de Santiago, estavam sem dúvida nos meus planos.

2. Quanto tempo passou entre decidires e começares o Caminho?
Já não me recordo. Mas sei que não passou muito tempo. 2/3 meses no máximo.


3. Que caminho escolheste e porquê?
Caminho Português. O que tinha mais interesse em fazer.

4. Quantos dias demoraste?
5 dias.

5. Que etapas fizeste e quais foram as mais marcantes?
Valença-Porriño – Redondela – Pontevedra -Caldas de Reis – Padrón- Santiago de Compostela.
A etapa e paragem mais marcante foi sem dúvida, Caldas de Reis. Pela Vila em si que é tão encantadora, pelo espirito de peregrinos que existe, pelas Termas e tanque de água quente, e porque neste dia, o terceiro, as forças e capacidade física e psicológica foram colocadas à prova.

6. Como te preparaste física e mentalmente para o Caminho?
Nada de especial. Sou instrutora de aulas de grupo e Personal Trainner. Sabia que a nível físico não teria nenhuma dificuldade, para além do cansaço obviamente. A parte psicológica é que é o desafio e foi sem dúvida superado.

7. Fizeste o Caminho sozinho ou acompanhado? Se acompanhado, com quem?
Fui num grupo de 4 pessoas. Duas raparigas e dois rapazes (nenhum casal!!!!)

8. Qual foi o momento mais desafiante?
A chegada a Caldas de Reis. A ligação Pontevedra a Caldas, senti muito cansaço e exaustão, não sei se pelo percurso em si, que tem menos “distrações”, mas pesou muito este percurso. Quando cheguei a Caldas, senti que era capaz de tudo!!!! 😀

9. Houve algo que te surpreendeu durante o caminho?
Por mais que se ouça falar, que se leiam livros e artigos sobre os Caminhos, de facto, sentir o espirito de peregrino, viver de facto a experiência, foi sem dúvida algo que me conseguiu surpreender.

10. Qual foi a melhor refeição que tiveste no caminho?
A refeição em Caldas de Reis, no Muiño, foi muito bom, tanto a refeição como o ambiente no restaurante (havia muita música!!!); Em Padrón, no restaurante A Casa Dos Martinez também fizemos uma ótima refeição (um pouco mais cara). De um modo geral comemos bem em todos os locais (claro que não há comida como a nossa portuguesa, mas ainda assim, fizemos ótimas refeições.) Mas destaco estes dois sítios.

11. Onde encontraste a melhor estadia ao longo do percurso?
Ficámos sempre em Albergues, todos muito bons. Não destaco nenhum por nenhum motivo em especial. Todos foram ótimos.

12. Conheceste alguém que te marcou?
Não sei se marcar será a palavra certa. Mas adorei conhecer o Pepe, o mítico Don Pepe de Padrón. A forma como acolhe os peregrinos, é maravilhosa. A decoração do seu café cria uma envolvência tão boa e tão gira que parece que estamos num mundo à parte. Ir a Padrón e não ver o Pepe, é como ir a Roma e não ver o Papa.


13. O que não pode faltar na mochila de um peregrino?
Aquela resposta básica: O essencial. Mas nós só percebemos o que é realmente essencial no fim, e percebemos que conseguimos viver com muito menos!!! Portanto, é levar uma mochila muito simples e muito básica, descomplicar ao máximo. Relativamente a aspetos emocionais, não pode faltar na mochila de um peregrino, muita capacidade de superação, espirito leve e descomplicado, ânimo e alguma fé (para quem acredita, claro). Se bem que esta peregrinação, no meu caso, não teve qualquer motivação religiosa.

14. Como te sentiste ao chegar a Santiago?
Incrível!

15. Tens alguma música que marque o teu caminho para acrescentarmos à nossa playlist?
Não ouvimos muita música durante os Caminhos.

16. Se só pudesses dar uma dica às pessoas que estão a pensar fazer o caminho, qual seria?
Pergunta difícil!!! Mas, como levei uma mochila demasiado grande e pesada (9 quilos!!!), diria para levarem uma mochila om mais leve possível.

17. Houve alguma aprendizagem ou mudança pessoal que tenha resultado da experiência?
Claro que aquelas semanas após os Caminhos existe em nós uma sensação de leveza espiritual (não sei explicar!), e sempre que recordo a experiência, tenho muito boas sensações porque de facto dá para desligar do stress e de tudo o que a ele está associado. Mas depois a vida segue normalmente! Tento desacelerar, foi isso que mais marcou durante os Caminhos.

18. Após completares o Caminho, sentes que a experiência correspondeu às tuas expectativas iniciais? De que maneira?
Muito, correspondeu muito e todos os níveis.

19. Participaste em alguma celebração ou evento cultural ao longo do Caminho? Como foi essa experiência?
Não.

20. Se tivesses que descrever o Caminho em três palavras, quais seriam?
Incrível; Marcante; Superação

21. Tens planos de fazer o Caminho novamente ou explorar outras rotas?
Sim, sim , sim! Vou repetir de certeza.


"A Caminho" com a Sónia

Há caminhos que se percorrem com os pés, e outros que se fazem com o coração. Para Sónia, o Caminho de Santiago foi ambos uma jornada física e espiritual, iniciada com a urgência de se reencontrar consigo mesma. Sozinha, mas profundamente acompanhada pelas suas emoções, enfrentou silêncios, sombras e paisagens que a ensinaram que a felicidade pode ser simples, e que o amor é sempre a resposta. Nesta entrevista, partilha como cinco dias de peregrinação se tornaram num regresso à sua essência.

"A Caminho" com a Bruna

Nem sempre a motivação para partir vem de um único lugar. Para Bruna, o Caminho foi um gesto de gratidão, um desafio pessoal e uma oportunidade de reencontro consigo mesma. Sozinha, mas aberta ao mundo, percorreu trilhos entre natureza e silêncio, descobrindo que cada passo tem o poder de curar, transformar e revelar. Nesta entrevista, Bruna partilha como o Caminho a ensinou a confiar, a observar com calma e a seguir em frente, um passo de cada vez. Porque, como diz, quando se quer muito, o corpo acompanha e a mente floresce. Lê a entrevista completa ⬇️

"A Caminho" com o Filipe

Há quem descubra o Caminho por livros, outros por histórias ou documentários. O Filipe descobriu-o ao vivo, nas férias em Moledo, ao ver peregrinos passarem com o olhar focado e a mochila às costas. A curiosidade transformou-se em vontade, e a vontade num primeiro passo. O que começou como uma caminhada junto ao mar tornou-se num ritual de liberdade, comunhão e descoberta pessoal. Entre quedas inesperadas, encontros marcantes e almoços triunfais, Filipe aprendeu que o Caminho não se faz só com os pés, faz-se com o coração aberto. E é isso que partilha nesta entrevista.

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