“A Caminho” com a Ana Carvalho


Hoje partilhamos a experiência inspiradora da Ana, que encontrou no Caminho de Santiago uma forma de superação pessoal e procura por respostas. Num momento complicado da sua vida, decidiu deixar tudo o que não lhe fazia bem para trás. Após completar a caminhada de Lisboa a Fátima, partiu para Santiago no dia 28 de junho, determinada a chegar no dia do seu 33.º aniversário. Para Ana, esta experiência simbolizou uma renovação e uma tomada de decisões importantes para o seu futuro. 


1. Porque decidiste fazer o Caminho? Entre decidir e ir, quanto tempo passou?
Por desafio e superação pessoal. Estava num momento complicado da minha vida, onde procurava repostas e orientações para a vida e precisava de deixar para trás coisas, situações e pessoas que não me faziam bem. Decidi em Abril após terminar a minha caminhada de Lisboa a Fátima e fui a Santiago no dia 28 de junho para chegar a 3 de julho, o dia do meu 33. Aniversário. Tomo sempre decisões importantes na minha vida nesse dia então fazia todo o sentido chegar ao destino nessa data.

2. Qual foi o Caminho que escolheste fazer?
O caminho português central.

3. Quantos dias demoraste? 
6 dias.


4. Que etapas fizeste?
Valença a Tui, de Tui a Redondela, de Redondela a Pontevedra, de Pontevedra a Caldas de Reis, de Caldas de Reis a Aldea Angueira de Suso e de Aldeia de Angueira de Suso a Santiago.


5. Como te preparaste fisicamente para o caminho? 
Não fiz preparação. No meu dia a dia sou bastante ativa fisicamente e sempre gostei de caminhar.

6. sozinho ou acompanhado? Se foste acompanhado, com quem? 
Sozinha.

7. Qual foi o momento mais difícil? 
O momento em que no caminho encontrei uma reposta escrita numa pedra que precisava de ler naquele momento. Foi como se o caminho fosse falando comigo por símbolo, sinais, frases. Chorei o resto da etapa… Porque nesse momento senti que sempre soube o que era melhor para mim mas nunca tinha tido a coragem de tomar a decisão de ir embora de uma situação complicada.

8. O que te deixou mais surpreendido no trajeto? 
A beleza das pessoas com quem nos cruzamos pelo caminho. Todas trazem a sua história e todas em certos momentos procuram aquilo que mais precisava nesta altura da vida… Paz.

9. Qual foi a melhor refeição do caminho?
Em Caldas de Reis, comi umas petingas fritas com salada e uma bela vitela estufada, sendo eu portuguesa, adoro um bom guisado!! Senti me em casa.


10. Quem é que conheceste no caminho que nunca vais esquecer? 
O Manuel, um professor de inglês que mora em Barcelona, fazia o seu último caminho a Santiago. Contou me a sua história de vida e inclusive fez uma vídeochamada com a filha para me apresentar. Chegada a Santiago, voltei a encontra lo. Guardou me a minha mochila para que eu pudesse ir a catedral ver o seu interior. Nunca esquecerei as histórias todas que me contou! Um dia quero poder ser como Manuel, contar as minhas histórias de todos os meus caminhos e inspirar pessoas que como eu embarcaram na primeira aventura.

11.O que não pode faltar na mala de um peregrino?
A coragem e a fé. Não faltando isso, não falta mais nada… Tudo o resto é superfulo.

12. Se só pudesses dar uma dica às pessoas que estão a pensar fazer o caminho, qual seria?
Vão! Vai ser a maior aventura e experiência das vossas vidas. Não sei explicar mas o caminho é libertador, é guia e é energia para a nossa bateria. Nunca o irão esquecer!

13. Qual foi a tua reação quando chegaste a Santiago? 
Eu consegui! Chorei até me doer a barriga, mais uma vez tinha conseguido uma vitória e não tinha lá ninguém para a festejar comigo… Fi lo por mim mas quando conquistamos algo que nos é mesmo muito importante gostamos de partilhar com quem mais gostamos. Então fiz uma vídeochamada para a pessoa mais improvável… Uma pessoa que conhecia a cerca de um mês e que começamos a falar quando iniciei a viagem a Santiago e se mostrou interessado nesta aventura. Senti quando lhe liguei que ele era a pessoa que devia ver o que senti ao chegar, de forma a o encorajar a um dia fazer o seu caminho. Hoje é uma pessoa muito especial mas minha vida! Digo sempre que foi o caminho que mo trouxe ate mim, precisamente no dia em que o comecei… Se isto não é um sinal, uma mensagem, não sei o que será…

14. Tens alguma música que marque o teu caminho para acrescentarmos à nossa playlist? 
A música que ouvia era o som da natureza, dos lugares, genuína e marcante.



"A Caminho" com o Grupo de Jovens da Camacha

Nem sempre sabemos quando começa o verdadeiro caminho. Às vezes é numa conversa entre amigos, noutras num desejo que cresce devagar. Para o Grupo de Jovens da Camacha, foi uma vontade partilhada feita de fé, amizade e vontade de ir mais longe. Este caminho ganhou forma entre passos dados em grupo, dores partilhadas e silêncios que dizem tudo. Foi preciso coragem para partir, resiliência para continuar, e coração aberto para encontrar sentido em cada gesto, cada abraço, cada desafio. Não foi só uma peregrinação foi uma travessia interior, onde cada etapa trouxe descobertas e cada chegada foi também um recomeço. Lê o artigo completo e deixa-te levar. Talvez o teu caminho também comece aqui.

"A Caminho" com a Carlotta

Alguns caminhos começam com uma mala, outros começam com uma rendição. Para Carlotta, o Caminho não era apenas um percurso por Espanha e Portugal era uma tábua de salvação, um espelho e uma rebelião silenciosa contra tudo o que já não se encaixava. Caminhou através do medo, do silêncio e da luz das estrelas, confiando que cada passo revelaria algo essencial. Nesta entrevista, partilha como o Caminho se tornou a sua bússola, guiando-a pela transformação, pela solidão e pela redescoberta da humanidade. A sua história é um lembrete de que, às vezes, a estrada nos conhece melhor do que nós mesmos.

"A Caminho" com a Cátia

Há caminhos que não se percorrem apenas com os pés, percorrem-se com o coração aberto e a alma disposta a transformar-se. Para a Cátia, o Caminho foi mais do que uma viagem: foi um reencontro com o silêncio, com a natureza e com tudo o que precisava de curar. Cada etapa foi um mergulho profundo, e cada passo, uma libertação. Nesta partilha sincera e emocionante, descobrimos como o Caminho pode ser um espelho daquilo que somos… e daquilo que estamos prontos a deixar para trás. Vem sentir cada palavra.

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