A etapa Porto – Póvoa de Varzim é longa. Ao começar na histórica Sé, parte do trajeto é bem dentro da cidade invicta. Este trilho urbano é perfeito para quem quer viver o contraste entre a movimentada metrópole com a paz interior dos que seguem os passos de Santiago.
Contudo, como num baptismo, é a água que traz a mudança profunda. O aparecimento do Rio Leça à fronteira do olhar vai modificando a paisagem, até chegar ao nosso destino do dia. Desta forma, é o mar quem nos guia e, se conseguires fazer os 30 quilómetros logo
à primeira etapa (não te preocupes, porque há espaços para descansar se quiseres terminar antes, em Labruge ou em Vila Chã, por exemplo), és recebido como se chegasses a casa, no albergue de peregrinos, São José de Ribamar.
Todas as rotas do Porto saem da Sé, como se de uma tradição de tratasse. Daqui tens de seguir para dentro da cidade, durante alguns quilómetros. Estes primeiros passos podem ser contra-intuitivos, mas a experiência aproxima-se da natureza a cada passo.
Esta pequena infraestrutura está neste local desde o século 13. É o primeiro momento em que sentimos a diferença entre a povoação anterior e a viagem que estamos prestes a embarcar.
A etapa do dia é de elevada extensão. Por isso, deves descansar quando possível. Desta forma, neste local já outras pessoas repousaram antes de ti. Tivessem sido peregrinos antigos ou até combatentes da guerra civil portuguesa que colocou em disputa dois irmãos e duas ideias diferentes de estado.
Esta maravilhosa cidade do litoral portugues faz lembrar uma pequena aldeia em que toda a gente se conhece. Chegar aqui é parar de ver o mar, por algum momentos, e ficarmos deslumbrados com os pequenos detalhes desta povoação. Tem também vários albergues se as pernas começarem a pesar, como o “Eça agora”. Um porto calmo e seguro. Somos recebidos pelo majestoso convento de Santa Clara, imperial e futuro hotel para aproveitarmos em Vila do Conde.
A chegada à Póvoa de Varzim dá-se logo após Vila do Conde. Somos recebidos por uma nova arquitetura, com um pulsar de vida diferente do restante caminho até aqui. O albergue municipal, São José de Ribamar, é facilitada por um dos hospitaleiros mais simpáticos de todo o caminho. Uma personagem única.
Em princípio não! As setas amarelas estão bem identificadas no chão. Se por acaso estiveres na dúvida basta olhar em volta e ver em que direção os restantes caminheiros estão a ir. Outra ideia é perguntar a alguém como ir em direção à igreja do Carvalhido.
Os incidentes tendem a ser mínimos e muitas pessoas fazem o caminho sozinhas. No entanto, a segurança pode ser subjetiva. Muitos caminheiros fazem o caminho, por isso, em caso de receio podes sempre pedir ajuda.
Esta é a etapa mais urbana do percurso português. À entrada de Vairão é notável a diferença de paisagem natural.
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